
Antes das primeiras linhas sobre o causo a ser contado, faço algumas observações quanto a imagem (de um grafite) do beijo. Este fato não existiu entre estes dois homens públicos (Jair Messias Bolsonaro e Donald Trump), mas ocorreu com outros dois homens também públicos (Leonid Brejnev (1906-1982) e Erich Honecker (1912-1994). O jornal “O Povo” relata sobre o grafite (do grafiteiro Yuri Sousa) e o fato verídico do beijo. Antecipo que, o beijo foi entre dois ex-líderes Leonid Brejnev, da União Soviética, e Eric Honescker, da Alemanha Oriental. A cena aconteceu em 1979, durante visita do soviético ao alemão. Não se trata de beijo gay, mas um gesto entre dois amigos na Rússia.
Hoje em dia a maioria dos países praticam, em maior ou menor grau, o protecionismo (conjunto de regras a serem seguidas de modo a favorecer as atividades econômicas internas, como por exemplo, reduzir as importações e expandir as exportações), muitas vezes tão necessário a uma nação. Digo a maioria porque o Brasil foge à regra de modo escandaloso. Aqui, atualmente, o Brasil se transforma é uma república de bananas dominada por vorazes grupos de extrema direita (que se jugam patriotas – na verdade não tem nada de patriotas, são mesmo é bajuladores do Tio Sam) que praticam a entrega dos recursos naturais e econômico da nação brasileira a outra nação de conduta danosa de exploração. Vejamos, temos na presidência deste país um político capacho (baba-ovo é a expressão mais peculiar) de outro presidente, refiro-me a Bolsonaro e a Trump. Este, republicano que pensa ser rei; aquele, da república de bananas, que aceita ser vassalo.
– Antes de contar o causo ficcional (o encontro amoroso) vou trazer alguns antecedentes, para ambientar o clima do romance platônico ao qual a Tia Bolsam estava envolvida:
Por que Bolsonaro torna-se capacho do presidente Donald Trump? Por diversas razões. Vou citar somente uma: a buscar de uma mísera vaga na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – a qual não conseguiu, pois são outros países (Argentina e Romênia) escolhidos para a vaga mendigada pelo presidente da república de bananas. Para entrar no grupo o presidente Bolsonaro deu plena concessão aos Estados Unidos para se apoderarem da base de lançamento de foguetes de Alcântara, no Maranhã, e a liberação de vistos para turistas americanos. Além desta, outras concessões estão sendo criticadas por especialistas em relações internacionais e comércio exterior, posto que a relação de “amizade” entre os dois homens públicos parecia “desigual”: um cedia demais; o outro, somente na promessa, nada cedia.
É fato que o presidente Bolsonaro se mostrou perdidamente interessado nos prazeres das “boas” relações que Trump poderia oferecer ao seu governo. Na verdade, Trump só pensava em receber sem nada dar em troca. O que ele queria mesmo era jogar migalhas ao chão para que Bolsonaro pudesse ciscar e encontrar algo para comer. Nada vem fácil! Aliás, não vem de jeito nenhum, principalmente quando falamos do Tio Sam. Foi num encontro com Donald Trump, na Casa Branca, que Bolsonaro fez o outorgamento da nação.
– Permita-me criar uma narrativa ficcional para contar o causo de como se deu este encontro trágico, cheio de dissabores para um dos lados.
– Imagine a cena burlesca e trágica do encontro entre os dois homens públicos. Montemos, desse modo, o cenário e o enredo:
Pelas características do ambiente republicano da Casa Branca (vamos considerar aqui um castelo – isto combinará com as atitudes meio que imperial do anfitrião), procure imaginar aqueles móveis de época, as esculturas em bronze, a mesa presidencial (Mesa do Resolute) – provavelmente de 1850 – o retrato de George Washington, o carpete decorado com o selo do presidencial, um relógio de pêndulo antigo, uma lareira, poltronas e algumas cadeiras justapostas à parede do salão. Combinando com tudo isto, e no salão imperial (Salão Oval), o anfitrião espera a chegada do vassalo.
– Farei, agora, além de alterar os nomes, uma pequena inversão de personalidade e atitudes dos personagens para dar ênfase aos sentimentos entre os dois…
A chegada da Tia Bolsam, naquele ambiente viril, com sorrisos largos (como quem está pronta para a total entrega), peito estufado, mente cheia de desejos pecaminosos, coração aberto para aquela noitada, com sabores nupciais. O ambiente improvisado convidava aos prazeres. O salão imperial estava à meia-luz, lustre imponentes cintilavam com a pouca luz ambiente, uma brisa leve fazia ondular a cortina de cor Vermelho Paixão e impulsionava os odores da paixão (o feromônio estava em alta concentração) que ricocheteavam na parede elíptica.
Tio Sam, tinha improvisado o ambiente solene para aquele encontro macabro, onde seria realizado um pacto antenupcial (de desonestidade entre os dois energúmenos personagens). O infortúnio iniciaria alguns dias depois de assinado o pacto e selado com uma valsa majestosa.
Contudo, o momento ali era angelical (um paraíso infernal disfarçado de céu). Tia Bolsam, que entrara no salão imperial, trazia na mão direita um buquê de rosas, entre elas se destacava uma trepadeira, com estigmas aberto (gineceu bem desenvolvido), era a flor-da-paixão; na mão esquerda, trazia uma caixa coberta com papel machê com uns dizeres na parte de cima, em alto relevo: “Brasil Colônia para ti, tá okê?!”. Fixado na lateral direita da caixa estava a representação da bandeira brasileira com um pauzinho da árvore pau-brasil, recoberto com papel crepom simulando o mastro.
A seguir, o momento da entrega. Sinta a cena!
No salão, com um dos joelhos no carpete e um dos pés apoiado e anteposto ao Tio Sam, Tia Bolsam deleita-se diante daquele homenzarrão com cara de marshmellow. Seus olhares se cruzam, Tia Bolsam ver a oportunidade do clímax para entregar as flores e o presente. Com sorrisos maliciosos Tio Sam segura as flores e o presente, agradece e os coloca sobre a mesa presidencial. Em seguida, solicita aos seus secretários para encostarem os móveis junto à parede. Mantendo o sorriso sarcástico pede ao seu secretário para trazer o gramofone (uma relíquia do século 19). Introduziu o vinil com a música “A Segunda Valsa Op. 99ª” de Shostakovich, compositor russo (destaque para o compositor tocado na Casa Branca).
– Neste momento, aconselho a escutar a valsa e continuar lendo, para que seu pensamento crie a cena apaixonante.
Ao som nupcial daquela valsa, o casal sai rodopiando feliz para o centro do salão de mãos dadas; Tio Sam, com passos curtos e longos meio que aligeirados, carrega Tia Bolsam pelo salão em uma espécie de circunlóquios contínuo, trocam olhares compenetrados, sedutores e maliciosos que trazem ações futuras. Tia Bolsam, confiante do matrimonio perpétuo, achando que a sua antiga colônia, unissex, Seiva de Alfazema, trazia encantamento pela fragrância amadeirada, entrega-se aos deleites dos olhares maliciosos do Tio Sam.
Enquanto a melodia romanesca tomava conta do salão, o casal entrava em harmonia de movimentos.
Mãos, em pares, subindo e descendo, pés cambiantes deslizavam por cima do selo presidencial, bustos eretos e altivez, desenhavam a melodia no corpo.
Contam, as más línguas, que naquela noite laboriosa os dois fizeram promessas selvagens e de muito fogo.
Contudo, e como a felicidade tem um fim, o casal desandou-se, Tio Sam não cumpriu as promessas, os sonhos nupciais transformaram-se em pesadelos para a Tia Bolsam. O conto da Carochinha havia terminado!
Mas voltemos aquele presente, deixado sobre a antiga mesa reluzia por conta dos lustres, a luz doada a caixa criava, na parede, uma silhueta deformada da simbólica bandeira brasileira fixada ao lado do artefato. A silhueta deformada na parede era um aviso de mau presságio, para o país que foi um dia chamado de Pindorama. Só Deus, Trump, e os seus ministros, além de alguns brasileiros, sabiam o que tinha dentro daquela caixinha tão delicada.
Sendo brasileiro, e curioso, eu sabia o que tinha lá. Se você não sabe, vou lhe contar:
Havia ali concessões inimagináveis de entrega do país. Com obscuro desejo de tornar o Brasil dependente dos EUA, concordou em abrir cota anual de 750 mil toneladas de trigo americano com tarifa zero, prorrogava por mais um ano a importação de etanol americano isenta de uma tarifa de 20%, além de elevar a cota dos 600 milhões de litros para 750 milhões de litros. Oferecia, ainda, concessões aos EUA da exploração da base espacial de Alcântara, a exploração da Amazônia (esta entrega se deu em uma cerimônia de formatura de paraquedista no Rio de Janeiro, na qual Bolsonaro falou: “Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas áreas em parceria e agregando valor. Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos”) além de mais outras medidas nada nacionalista.
Todavia, o Tio Sam não foi cordial, prejudicou o Brasil quando aumentou o preço do aço americano, não concedeu, também, o fim dos subsídios à produção da soja americana.
Devemos lembrar, ademais, que o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles conclamou os outros ministros, em reunião fechada (ver vídeo abaixo), em 22 de Abril, no Palácio do Planalto, para que eles aproveitassem a pandemia, visto que a imprensa estaria ocupada tratando do impacto do novo coronavírus, e fossem “passando a boiada, ir mudando todo o regramento” (ipsis verbis), ou seja, flexibilizar leis ambientais (a ação favorecia, além de outras coisas, a extração de madeira ilegal).
Pactuando com a ideia de Ricardo Salles, o presidente Bolsonaro (que ganhou a alcunha de Capitão Motosserra), ao invés de intensificar o controle e a fiscalização ambiental, provocou o enfraquecimento das políticas de defesa da mata demitindo funcionários diligentes quanto a proteção ambiental, exemplo no qual destaco é a demissão de Olivaldi Borges Azevedo, servidor do Ibama que não pactuava com as ideias de Salles.
Desta feita, o presidente Bolsonaro vem facilitando as investidas de garimpeiros e madeireiros contra as reservas naturais brasileiras, além de abrir espaço para que invasores de territórios indígenas ficassem impune ao afanar as terras dos nativos. Dados do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) registraram aumento de 171% de área desmatada em comparação com o mês de abril de 2019, chegando à marca dos maiores estragos já registrado na história do país (529 quilômetros de áreas arruinada). O boletim informava que 60% do desmatamento em abril de 2020 ocorreu em áreas privadas ou de posse.
Não bastassem tais atrocidades advinda de um governo de extrema direita (aqui não foram destacados os ataques deste governo aos direito humanos, ao grupo do LGBT, ao racismo, a tortura etc.) destaco o projeto de lei 2.633/2020, resultado da Medida Provisória (MP) 910, apelidado de “PL da Grilagem”. Assista ao vídeo.
Por tudo isto, e mais alguma coisa que poderá vir de pior para o país, devemos estar preparados para fazer as mudanças necessárias que venham a frenar certas atrocidades sócio-político-ambiental.
👏🏼
Infelizmente alguns brasileiros ainda irão votar nele na próxima eleição. 👎🏼
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Olá Luzia. Creio que ele não tem mais tanta credibilidade que tinha antes. Antes, ele não era governo. Hoje, muitos já sabem do que ele é capaz (ou incapaz).
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Senhor professor Lindeberg, só de ver a imagem desse “artigo” me dá enjoo. O senhor começar narrando que o Brasil é, e está sendo governado pela extrema direita, desculpe, o senhor sabe que não é bem assim (gostaria que o senhor tivesse razão).
O senhor como todo bom comunista, está fadado ao fracasso de pensamentos e alcance de pessoas. Por esse motivo, tenta atacar descaradamente 2 presidentes, como todo bom comunista, a inveja o corrompe! Inveja? Logo o senhor? Budista? Não teme que isso volte contra si mesmo? Aliás, já está prejudicado kkkkk pelo fato que deve dá muito trabalho fazer um texto se derretendo de ódio e não ter muita atenção, fracasso.
Eu, como brasileiro, patriota, CONSERVADOR! Prefiro um presidente que, nas vossas palavras é “capacho” de um dos melhores líderes americanos, do que ver presidente brasileiro entregar porto em cuba, lamber o traseiro de Maduro, chupar as bolas de Chávez e entregar nosso comércio aos chineses, não é mesmo!?
Para finalizar, não sei expirado em quem o senhor fez esse texto de teor romântico homossexual, pouco me importa! Fantasia, fantasias são perigosas professor.
(EXPRESSO MEU TOTAL REPÚDIO A SUA CONDUTA DESASTROSA E PEQUENA)
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Olá Gabriel. Lembro que, do ponto de vista do qual escrevo, faz-se necessárias leituras no campo da história e sociologia (moderna e contemporânea)
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