A vida de pescador não é fácil, sempre tem que estar atento as nuances das marés, do vento, da boa possibilidade para pesca.

Quando as condições são satisfeitas a pesca poderá ser promissora.

Neste dia a turma se deu bem. Pescou arraia e lagostas.


Mas… olhando por outro ângulo é possível compreender: para que alguns se alimentem, outros têm que morrer. Às vezes, a cena é chocante, por exemplo, a arraia capturada estava grávida, a espécie era vivípara (os ovos são incubados no interior do animal, organismo materno). Quando colocada sobre a mesa (com o animal já morto) duas pequenas arrais foram expelidas.


Um momento interessante foi quando, ao iniciar a limpeza do peixe (tratar o peixe), observou-se pequenos peixinhos dentro da boca do peixe maior. Os peixinhos tinham sido refeição de um peixão naquele instante, não tinha dado nem tempo para que os mesmos passassem pelo processo da digestão.
Outra cena interessante foi quando estava fotografando os pescadores. Ao olhar para os lados e para baixo percebi algo camuflado, bem quietinho, fingindo-se de morto, era um caranguejo. Aproximei dele para registro fotográfico; antes, toquei nele para ver se estava vivo, o mesmo nem se mexeu. Na certeza de que ele jamais se moveria ali por si só, preparei a câmera, reposicionei o enquadramento, quando percebi que meu cadáver modelo se mexia, abria os olhos e fazia reconhecimento do ambiente. Parece ter olhado de soslaio. Na certeza de que estava totalmente camuflado, fechou os olhos e pronto, voltou a morrer cinematograficamente.

Diante de várias cenas, mais um fato chamou atenção: a morte por falta de oxigênio. Peixes, fora de seu habitat, sofriam sem poder respirar, estrebuchavam e provocavam sons de agonia (Click e veja ao vídeo).