As facetas dos usuários do Facebook.

Veja aqui uma pequena parte destes bilhões:
Há os injustiçados, os justiçados, e os desajustados.
Há os que se expressa através da escrita usando palavras chulas, desproporcional ao ambiente.
Há os que se revoltam e, às vezes, ou na maioria das vezes, não dizem nada do que queriam dizer quando escrevem.
Há os que pensam que todo mundo acredita na sua religião, e empurram de goela adentro frase de efeito que não faz efeito algum para aquele quem não acredita.
Há o falso poeta, falso escritor, ou mesmo o suposto inteligente que vive colocando frases de outras pessoas, e, nem sequer registra o nome do real idealizador da frase.
Há o “estudante” que sempre diz que vai estudar, porém, gasta tempo precioso e só depois, muito depois, realiza o que falou (ou não). Alguns embromam na certeza de que a vida em rede (deitado ou não) irá trazer aqueles dias tão sonhados.
Há também aquelas pessoas puritanas que se revelam (às vezes só na rede), os revelados que se aproveitam da ocasião para se “soltarem” ainda mais e fazerem valer a voz da mudança de atitude, até de sexo, se fosse possível.
Há o santo, que só vive depositando frases bíblicas e achando que está pregando. Se for verificar a vida pregressa desta criatura, é bem provável que ele (ou ela) não segue, e muitas vezes, nem tenta seguir o que oferece para os outros.
Há os que se desesperam e transformam o Facebook em psicólogo e analista, que soltam seus problemas aleatórios e que muitos nem se quer irão compartilhar seu sofrimento. Aliás, o povo, em sua maioria, não gosta de quem só fala em sofrimento.
Há o revelador, que nos registros fotográficos, paralisa o tempo: acordei agora, vou trabalhar, estou saindo, vou à praia, cheguei de viagem, sentei na cadeira, estou a mesa, apertei uma tecla, estou em tal lugar, estou com minha namorada (ou namorado), vou fazer a prova, cheguei da festa etc., etc., etc., etc.
Há o revoltado sem causa, que vive denunciando os males dos movimentos sociais (greve, manifestações populares por uma ideologia, atividades em prol do meio ambiente) e que nem se quer se mexe para fazer valer seus ideais. É a tal da crítica pela crítica, vazia, sem nexo e sem capacidade de transformação.
Há o de “cabeça bem feita” que respeita as frases dos outros (coloca as autorias); não empurra suas crenças para os que não a pedem; não escreve palavras chulas (pois a inteligência não é pra todos, mas só para quem o pratica); compartilha seu sofrimento com pessoas que são apropriadas; escrevem (com alguns erros, é claro, já que ninguém sabe tudo, mas que, pelo menos, estuda um pouco para não escrever e/ou postar algo destoante da boa convivência) e ainda tem o cuidado para não escrever algo que venha a se comprometer, ou que tenha, também, a intenção de dizer o que realmente quis dizer.
Há aquelas que, seja pelo medo da solidão, ou provavelmente para chamar a atenção, ou por quererem transmutar seus desejos no estilo da imperatriz-consorte Messalina, ou simplesmente pelas vontades em serem desejadas (ou invejadas) por outro ou pela outra, ou ainda, em outro caso top secret, por algum desejo oculto (à revelia dos sintomas bloqueados por acomodação social), sabe lá quais desejos teriam o poder de sublimar fortuitas vontades, vestem micro shorts, tiras (chamadas de saias) e põe a mostra seus corpaços (ou corpos raquíticos) e registram as fotos para alguém comentar, curtir e/ou compartilhar;
Da mesma forma, em sentido oposto, mas na mesma direção, os “boys”, “bombados”, sabe-se lá a que custo, mostram seus bíceps, tríceps, coxas etc., orgulhosos de postarem amostras grátis dos corpos malhados, alguns dos quais, fisiculturistas amadores cujos os corpos, desnivelados, destoados dos padrões de saúde, supostos reis da cocada preta, comungam da mesma ânsia da propagação da imagem em rede social. Já para os praticantes mortais do dia a dia, aqueles que vão para gozar da qualidade de vida imediata, não guarda na carteira a foto de Schwarzenegger, ficam à mercê das vontades destes robustos homens na espera de usar os maquinários, pois estes indivíduos encorpados fazem sessões de fotos para seus álbuns para que as ninfetas ou “ninfetos” curtam.
A variedade de pensamentos e atitudes são grandes, e talvez tenha sido o porquê, além de tantas outras forma de expressão, que o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em entrevista: “Se por um lado, os brasileiros fazem o Facebook crescer, por outro estragam tudo”. Esta frase é uma crítica a mau comportamento dos brasileiros na internet. Da mesma forma como se observou no antigo Orkut, os spam e imagens animadas, frases religiosas, recados animados cheios de luzes e enfeites. Vale salientar, nos dias de hoje, que Zuckerberg, contribuiu também para estragar o processo eleitoral dos EUA. Possibilitou, através da empresa Cambridge Analytic, vazamento de dados de 87 milhões de usuários da rede social em favor do então presidente Trump. Desta forma, o cara é muito mais perigoso do que as mentes férteis dos brasileiros.