Coronavirus e Covid 19

a vida não tem preço

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), coronavírus é uma família de vírus que pode causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, esses vírus provocam infecções respiratórias que podem ser desde um resfriado comum até doenças mais severas. O novo coronavírus causa a doença chamada COVID-19. A Covid-19 é a doença infecciosa causada pelo mais recente coronavírus descoberto. O primeiro surto desta doença ocorreu em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Desde então vem espalhando-se mundo afora.

No Brasil, a coisa poderá ficar mais complicada se não houver ação concreta de combate. Um contágio em alto grau aqui seria desastroso. Nosso sistema de saúde não suportaria tantas pessoas buscando, ao mesmo tempo, os hospitais para serem atendidas. Iria gerar caos, poderia levar a morte de muitas pessoas por falta de atendimento. A pandemia afeta a todos, em maior ou menor grau, não são somente idosos, há relatos de mortes entre pessoas mais jovens. Sabendo do poder de letalidade em pessoas com problemas de saúde (doença cardiovascular, respiratória, diabetes, hipertensão) e idade avançada, estes grupos carecem de maiores cuidados.

Não é a primeira, e nem vai ser a última

Já ocorreram várias epidemias, muito mais intensas (poder de infecção e letalidade) do que a do Covid-19. Embora o Covid19 não tenha causado (até o momento) tantas mortes, e esperamos que não ocorram, se comparada com outras: peste negra, século 14 (Europa, Ásia, Norte da África); gripe espanhola, 1918; gripe suína, pandemia de 2009 (surto no México), não devemos baixar a guarda. Este vírus foi descoberto recentemente, nosso organismo não tem anticorpos e não temos medicamentos apropriados para combatê-lo.

Cabeças ocas

Em meio a essa pandemia surge aqueles com possíveis doenças mentais (que não é fruto do Covid19, mas sim da falta de sensatez e de responsabilidade social), aqueles insanos (admiradores da terra plana) que acreditam que o vírus foi criado na China pelo partido comunista (ou seja, produziram uma guerra biológica), são os que creem que a doença é apenas uma “gripezinha”. Há outros, menos loucos do que estes anteriores, que não conseguem perceber a gravidade do problema e se colocam em risco, não deram conta do que poderá ocorrer no país, principalmente na saúde, se houver rapidez no contágio.

Líderes e Deslideres (neologismo da minha parte)

Os líderes de cada país têm um papel fundamental em época de crise, são eles que guiarão seu povo apresentando propostas de enfrentamento das diversas problemáticas que poderão surgir. Nós também temos um papel: seguir as normas propostas por estes líderes. Veja bem, não estou cogitando a seguirmos os Deslideres, com estes não podemos contar, pelo contrário, devemos isolá-los – pois são tanto perigosos como o vírus. Seguir o líder significa seguir alguém que represente (em sã consciência) a comunidade, que busca, em primeiro lugar, a saúde do grupo, a vida do grupo e suas qualidades atitudinais da coletividade.

Consciência do caso

Devemos ter em mente que em uma epidemia como esta não é possível que a gente, individualmente (leia-se sozinho, desorganizado, na solidão), consiga enfrentá-la.  É hora de pensar coletivamente (na unidade das vontades e ações) onde cada um no seu direito e seu dever, na sua individualidade (não sozinho, mas resguardado na solitude, ativo para ações comuns) organizado comunitariamente, combinado com outras ações na política, juntamente com as áreas mais especializadas (a saúde, por exemplo) entre tantas outras, possa fazer a sua parte, contribuir como um todo integrado. A ideia de se fazer ação ativa, decretar quarentena (quase que total), é para combater o avanço da pandemia – manter a curva de ascensão em um patamar de estabilidade retilínea (fazer o achatamento da curva) e ir, aos poucos, decrescendo o contagio. Frei Lawrence (personagem na peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare), afirmava: “Prudência! Quem mais corre, mais tropeça”.

Aprender com a crise

O que aprendemos como isso? Apresemos muito. As crises revelam o lado bom ou mau de uma pessoa, colocam à prova as referências da personalidade, induzem ao crescimento da mesquinhez (naqueles onde as boas referências – quando as têm – são fracas) e intensificam as boas qualidades (naqueles que têm bom caráter). Dizia Sean (Robin Williams) no filme Gênio Indomável: “As crises nos acordam para as coisas boas que não percebemos”. Rubem Alves, certa vez, afirmou: “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses”.

Destaque

Devemos nos solidarizarmos com o pessoal da trincheira (nos hospitais): enfermeiros(as), técnicos(as), auxiliares de limpeza, segurança, médicos e atendentes; assim como, as pessoas que estão trabalhando para que possamos ter alimentos, medicamentos, combustíveis, recolhimento do lixo e tantos outros que colocam em risco suas vidas para garantirem as nossas vidas em confinamentos.