arthur_schopenhauer_2-artigo1Em 21 de setembro de 1860, morria Arthur Schopenhauer, um dos mais influentes pensadores do século XIX. A vida do filósofo foi cheia de contradições. Porém, foi referências para diversos outros filósofos, escritores, pensadores etc.

Thomas Mann (escritor, Nobel de Literatura de 1929, considerado um dos maiores romancistas do século XX) definiu Schopenhauer como

o mais racional filósofo do irracional

outros escritores (ou pensadores) o redarguiram de rabugento, niilista (aquele que, de um modo mais geral, alimenta a ideia da vida sustentada no nada; ou seja, a vida não tem sentido) e pessimista. Sem entrar a fundo nos porquês, Arthur não tinha um bom relacionamento com as pessoas, não tinha estreiteza social.

Suas principais obras foram: O Mundo como Vontade e RepresentaçãoSobre a Vontade da NaturezaParerga e Paralipomenta.

filósofo acreditava, grosso modo, que o destino não tem significação (sem propósito), e nós não temos o controle sobre este destino. Não somos movidos pelo poder da nossa razão, mas sim por uma força cega, insistente e contínua chamada de vontade (o tal ímpeto do querer viver, que está em tudo). Schopenhauer escreveu:

o desejo, por sua natureza, é dor: sua realização traz rapidamente a saciedade; a posse mata todo o encanto; o desejo ou a necessidade de novo se apresentam sob nova forma: senão, é o nada, é o vazio, é o tédio que chega

A vida seria um fato trágico, uma luta constante para aniquilar as vontades e os desejos, a fim de que se possa tornar-se livre destes.  Embora apresente tais ideias trágicas, ele salvaguardava que as artes plásticas (considerada por ele como uma intuição desinteressada) e a música (os acordes trazem mediações para os prazeres, as dores, os desgostos – percebe a essência – conhecer suas belezas e seus monstros e libertar-se) eram matérias-primas para a transformação, uma espécie de metamorfose estética.

Um dos seus pontos de vista:

Casar-se significa agarrar um saco, de olhos vendados, e rezar para que se ache uma enguia em meio a um monte de cobras

SCHOPENHAUER, nasceu em Danzig (atual Gdansk, Polônia), em 22 de fevereiro de 1788. Filho de ricos comerciantes prussianos, foi educado para seguir a profissão do pai e, aos 12 anos de idade, empreendeu uma série de viagens pela Europa. A morte de seu pai permitiu-lhe abandonar a carreira comercial e voltar-se para o estudo universitário. Em 1813, doutorou-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Em 1818 publica sua principal obra, O Mundo como Vontade e Representação. A partir de 1831, estabelece-se em Frankfurt, onde leva uma vida solitária. Ao longo da vida, ele teve problemas com a família, falta de reconhecimento da universidade, doenças e dificuldades econômicas. Morre vítima de ataque cardíaco, aos 72 anos.