rio mossoróHá alguns meses, uma conhecida minha falava sobre a poluição do rio Mossoró. A mesma relatava que o centro da cidade, os bairros adjacentes e, até mesmo, longe das margens do rio (referindo-se as redes de esgotos) há intensa poluição nas suas águas.

Ela também falou que o rio já foi fonte de sustento para a população como a pesca, o banho e lavagem de roupas.

Contou-me que as lavadeiras, constantemente, utilizavam as águas do rio. – Minha avó que me disse, pois ela também fazia isso – disse ela.   – Naquela época a água eram límpida, bem clarinha! – frisou. – Agora, – continuou – o rio está assim, malcuidado, abandonado. Ninguém ajuda a ele a se recuperar! – reclamou.

Com uma cara de quem estava bastante revoltada com esse descaso, “cuspindo” culpados, ela não conseguiu identificar o problema da poluição que estava um pouco mais distante (no passado) do momento em que a mesma vivia. Assim que ela parou de falar eu disse, em tom de brincadeira, mas falando sério:

– A senhora sabia que a sua avó também fez parte disso? – de quê? – ela perguntou. –  da poluição do rio – eu falei. E completei, na espera de seu entendimento do que estava oculto (ou ausente) em sua mente, – não somente a sua avó, mas todas as lavadeiras que utilizavam as águas do rio. Claro, muitas delas (ou nenhuma) nem sabiam disso. – Né verdade? – perguntei. Ela, com um olhar assim meio que desconfortado disse-me, – pois né mesmo! -.

Esgoto da cidade que vai direto para o Rio Mossoró

 

Esgoto da cidade em direção ao Rio Mossoró

 

Zoom de uma das redes de esgotos

 

Ponte metálica sobre o Rio Mossoró

 

Visão do rio a partir da ponte metálica

 

Rio Mossoró – vista do centro da cidade