Por um tempo fiquei sem postar algo neste espaço. Isto se deve a muitos afazeres que, acumulados, me deixaram sem tempo, muitas vezes, até para dormir. Entretanto, estou aqui, vivo. Apesar do cansaço após longa e morosa peleja. Mas, faz parte da vida…Descanso mesmo, só quando morrer! Fazer parte do esquecimento eterno já é uma longa aposentadoria. Então, ainda não chegou a hora, e o momento é escrever.
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Fonte: http://www.fotolog.com/luan03/83216580/ |
A felicidade desesperadamente.
É incrível quanto de variações emocionais estamos sujeitos. Hora estamos no pique da felicidade, hora no mais baixo astral. O que mais faz sofrer é que no momento em que a felicidade está presente, na maioria das vezes, não temos a consciência, ou não nos lembramos do momento presente dessa felicidade. Tudo porque no exato momento em que estamos felizes ficamos pensando no futuro, no passado ou nos ocupamos tanto que não sentimos essa sensação, ou ainda, passamos a dar mais valor ao fenômeno da tristeza. Ou seja, não vivemos (no sentido de gozar em plenitude) realmente o momento feliz. Quando a bola da vez é da tristeza, sentimos como se ela viesse com mais intensidade.
Outro ponto, é que sempre jogamos nossa felicidade em algo. Seja esse algo uma pessoa, um objeto, um futuro etc. Deixar como apoio algo externo a nós para ser nossa felicidade é um risco gravíssimo e, neste caso, seremos sempre reféns desta coisa. Desta forma, fica muito difícil sermos felizes, já que a felicidade que estamos procurando não depende só de nós.
É bom que saibamos que a tristeza e a felicidade sempre existirão. Enquanto há vida, haverá essas sensações emocionais. Todavia, podemos sim, aliviar tanto a tristeza quanto a felicidade. É claro, que a nossa intenção é aliviar a primeira. Queremos aliviar a tristeza, entretanto não é o que fazemos. O que realmente acontece é que ampliamos a sensação da tristeza e diminuímos o momento da alegria. É justamente aí que percebemos a tristeza com maior intensidade, pois a ampliamos e passamos agora a prestar mais atenção a esse fenômeno.
Vou revelar-lhe uma coisa, talvez já seja parte de suas experiências, a felicidade só depende de nós mesmos. Depende de aceitarmos os fatos como eles são (coisa que não é tão fácil de se praticar). Lembro que não estou me referindo a ficar passivo diante da vida. Contudo, é estar sempre aceitando o contentamento na dinamicidade dos eventos da vida. É estarmos contente e receptivo aos fatos da maneira como eles se apresentam. Krishnamurti, filósofo e místico indiano, dizia que “o contentamento é o entendimento do que é, e o que é não é estático”. Assim, as coisas são dinâmicas, e por serem dinâmicas haverá sempre essa tristeza e alegrias no transcorrer da vida. Estar contente é aceitar essas mudanças, e com isto aliviaremos a intensidade do sofrimento.
A aceitação esta muito ligada à simplicidade. E ser simples, para muitas pessoas, passa a ser bastante complexo. André Comte-Sponville, filósofo francês, em seu livro – Pequeno tratado das grandes virtudes – afirma que “o simples vive como respira, sem maiores esforços nem glória, sem maiores efeitos nem vergonha”. Rameshs S. Balsekar, líder espiritual na Índia (escreveu o livro – Deixe a vida fluir – que foi publicado pela Theba Book no Brasil. O título original é “Let Life Flow” de 2005), discorre: “a vida consiste num contínuo ciclo de situações boas e más que impede a monotonia e faz dela algo maravilhoso”.
Posso aqui ainda destacar uma citação Bíblica que diz “Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (São Mateus 6, 34).
Procure abstrair e entender as mensagens abaixo:
“Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você”. (Sabedoria Oriental)
“Felicidade não é privilégio, é o resultado de quem escolhe ser feliz”. (Sabedoria Oriental)
“O cérebro é uma caixinha de tesouros e segredos, entre eles o da nossa felicidade”.
(Charles Chaplin)
“A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso do que temos”
Thomas Hardy
“Toda felicidade depende de um desjejum sem pressa.”
John Gunther – citado em Newsweek 14 Apr 59
Eu gostei porque o que damos mais atenção, mas cresce em nossa vida. Eu dou toda atenção a felicidade, eu sou muito feliz com alguns momentos tristes.
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Pois é Thillai, aprender a lidar com as nuances da vida…
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