Segundo o site da Uol notícia:

O trabalho de mestrado da historiadora e arqueóloga não se resumiu a exumar os restos mortais do imperador Dom Pedro 1º e de suas duas mulheres, dona Leopoldina e dona Amélia (segunda mulher do imperador), mas também de desenterrar uma história do século 19 que estava abandonada à umidade e aos cupins.

Goteiras, urnas internas mal conservadas (cada corpo é mantido dentro de três caixões, além do sarcófago de granito) e até erros nas placas comemorativas – o nome da italiana Amélia de Leuchtenberg, por exemplo, ganhou um Maria – foram encontrados na cripta imperial, que fica no Monumento à Independência, na zona sul de São Paulo.

“O que me motivou a fazer esse trabalho de exumação da família imperial foi o problema com a umidade na cripta. Uma reforma ocorreu na década de 1980, quando os corpos foram trasladados temporariamente, mas as infiltrações continuaram depois”, disse a pesquisadora no MusIAL.

Uma equipe ajudou a pesquisadora nesse trabalho de exumação. O Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo) fez a cromatografia gasosa e a análise fúngica, que descartaram a presença de gases inflamáveis nos caixões ou o risco de contágio da equipe, e o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas fez exames de ressonância magnética e tomografia.

Valdirene também coordenou a decapagem na ossada do imperador, um trabalho de limpeza para retirar resíduos do esqueleto antes da tomografia; higienização dos ornamentos – desde as dezenas de botões de Dom Pedro até as joias das imperatrizes, que devem ser expostos em breve -; e um novo tratamento de preservação do corpo de Amélia, que estava mumificada, para impedir a deterioração após o contato com o ar exterior.


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