Palavras do Ministro Mercadante.
“‘A questão do salário do professor não é apenas trabalhista, mas uma questão de valorização”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 29, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Ao defender o piso nacional dos professores, o ministro observou que a docência deve ser uma carreira bem remunerada e valorizada, caso contrário não será possível trazer os melhores profissionais para as escolas.”
“‘A questão do salário do professor não é apenas trabalhista, mas uma questão de valorização”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 29, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Ao defender o piso nacional dos professores, o ministro observou que a docência deve ser uma carreira bem remunerada e valorizada, caso contrário não será possível trazer os melhores profissionais para as escolas.”
Até que essas palavras se transformem em ação, muita água irá rolar. A profissão de professor está sendo muito pouco procurada. É quase certo que a procura (a grande procura), no último concurso que houve no RN, tenha sido por “amor a profissão” ou por, somente, “necessidade de emprego” (ou ainda, por complemento do salário). A primeira, por incrível que pareça, ainda existe (raros casos). A segunda, é mais visível e a mais procurada.
Na primeira é possível absorver bons profissionais, que buscam estratégias e métodos (mesmo errando muito, cometendo vários deslizes profissionais no que dizem respeito aos métodos de ensino). Na segunda, normalmente, não há, ou quase não há, vontade de mudar (aperfeiçoar métodos e estratégias, aprender para melhor repassar, aprender a aprender), pois as mudanças necessitam de mais estudos, mais empenho, mais trabalho, mais e mais mudanças, e, normalmente, estas pessoas não estão dispostas (há exceções) a tais ações.
Se não há reconhecimento (valorização profissional), espanta-se os futuros bons profissionais. Se há somente pouco o que se pagar (ou o que se ganhar), atrai aqueles que querem apenas “passar uma chuva” na profissão, ou mesmo fazer o tal do “enrolation“.
Me parece que a política brasileira prefere a segunda opção.
Como toda regra tem exceção (ou quase todas têm) estas duas opções não ficariam de fora.