Para uma eventual necessidade (como esta, por exemplo) costumo andar com a câmera fotográfica no carro. Neste dia, defronte de uma farmácia da cidade, presenciei esta cena (foto). Um senhor, fisicamente bem de saúde, porém não bem educado no trânsito, estaciona o carro no espaço para pessoas portadoras de necessidade especiais. De imediato retirei a câmera do porta luva  e registrei este fato tão corriqueiro em nossa cidade.

É lamentável observar esse tipo de infração no trânsito. Mais lamentável ainda é saber que, quase nunca, tentamos controlar nossos impulsos em querer ser “o rei da cocada preta”. A isso chamamos pessoa Egocêntrica. Uma pessoa com excesso de Ego (Egocêntrica) acha que tudo que acontece no mundo, gira em torno dela. Nessa pessoa, o Ego sempre fala mais auto, e o pior, sempre está em excesso.
De acordo com Freud (Sigmund Freud, foi um médico neurologista austríaco e judeu, fundador da psicanálise) nossa psique, a mente humana, se divide em 3 instâncias: 
ID = Nosso lado instintivo do prazer onde não há regras, 
SUPEREGO = Nosso lado moralista, as regras etc.
EGO = o equilíbrio entre o id e o superego.

 Traduzindo melhor:

Id – lado animal, inconsciente e irracional.
Ego – lado onde fazemos referências de análise e equilíbrio do Id e Superego (este dá o juízo de valores).
Superego – os juízos de valores nesta instância são avaliados. Aqui o indivíduo utiliza-se de regras sociais (moral, ética)  afim de descobrir equivalência entre o que pode e o que não pode ser feito.

Estão sob o domínio do EGO as percepções sensoriais, os controles e habilidades para atuar sobre o ambiente, a capacidade de lembrar, comparar e pensar. Estão sobe o domínio do ID os impulsos instintivos (o lado animal). Já o SUPEREGO é quem coloca as regras, as ordens (permissões e proibições).

Avaliando a ação do individuo que estacionou o carro no local indevido (não seguiu as regras), percebe-se que o lado do Superego não foi acionado. Se foi, não produziu efeito. Prevaleceu aí o lado excessivo do Ego (o lado Egocêntrico). A pessoa em questão não fez juízos de valores (preciso respeitar as diferenças; preciso seguir as regras (no caso, as leis de trânsito), devo saber que todos têm direitos e deveres). Assumiu, assim, o destaque e a importância da sua pessoa no mundo.

Creio que se tentarmos, de vez em quando, refrear a excessiva centralização do Ego (o Egocentrismo) nós conseguiríamos evitar cena como essa. Assim, faríamos da cidade um local amistoso e democrático de se morar.

Paz para todos.