A muito tempo Mossoró não dispõe de um aeroporto. Aquele espaço (do campo de pouso) está quase inutilizado. Já houveram algumas reuniões com a governadora e a infraero em busca de soluções.

Lembrando que a alguns meses atrás, a infraero havia determinado a proibição de pousos e decolagens de aviões comerciais ou não. Alegava falta de segurança. Estas medidas estão apoiadas na falta de estrutura do aeroporto, por exemplo:

a pista de pouso não teria largura suficiente (equivalente a 300 metros de ambos os lados) para servir de zona de segurança;

não haviam luzes suficientes na orientação visual ao pouso das aeronaves (até pouco tempo haviam sido roubadas);

o muro de proteção é baixo. Havia risco de acidentes;

não existia demanda de passageiros para a retomada dos voos. Algumas manchetes dos jornais desta cidade informavam que a governadora se disponha a tomar medidas necessárias para suprir esta necessidade.

Alguns desses problemas foram resolvidos, mas outros ficaram pendentes.

Hoje observamos que há uma grande possibilidade da prefeitura, juntamente com o governo do estado e empresários, resolverem este delima.

Surgem conversas de bastidores entre ambas as partes na tentativa de encontrar uma solução o mais rápido possível. Entre estas está a possibilidade de o campo de pouso ser vendido a um grupo de empresários. Com o dinheiro da venda a prefeitura investiria em um outro aeroporto.

Lendo o Jornal de Fato encontrei, na coluna de César Santos (colunista que vem defendendo a algum tempo a construção de um novo aeroporto), a seguinte manchete:

É hora de luta 40

Ganha força a luta pelo novo aeroporto Dix-sept Rosado, a partir da disposição de um grupo de empresários de investir no empreendimento, envolvendo a negociação da área onde funciona o nosso campo de pouso. Ontem, o chefe de Gabinete da Prefeitura de Mossoró, Gustavo Rosado, confirmou à coluna que a prefeita Fafá Rosado (DEM) vai convocar os empresários para uma reunião na próxima semana.

A prefeita pretende conhecer a ideia do grupo para, em seguida, se posicionar sobre o tema. Porém, é certo que a luta pelo novo aeroporto terá prioridade. Depois de ouvir os empresários, Fafá Rosado vai reunir a comissão formada para debater o fortalecimento do Dix-sept Rosado, para ampliar a discussão.

Também ontem, o titular da coluna ouviu o presidente o construtor Jorge Rosário, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mossoró (SINDUSCOM) e líder do grupo de empresários dispostos a construir o novo aeroporto. Ele disse que o projeto está firme e que só espera a convocação do Poder Público para o debate. Jorge reafirmou que a ideia é simples e perfeitamente viável.

O grupo está disposto a investir o valor da área do velho aeroporto, que pode chegar – ou superar – a casa dos R$ 40 milhões, na construção do novo equipamento que ocuparia outra área da cidade. O empresário destacou que o grupo defende a transparência do processo, com abertura de concorrência para que outros empresários possam ter a mesma oportunidade de investimento.

Outro ponto colocado por Jorge do Rosário é que a parceria terá como meta principal respeitar os direitos e interesses das partes envolvidas. Ou seja, a cidade ganharia o novo aeroporto e o empresariado receberia uma área valorizada para investir no crescimento imobiliário. Teríamos, aqui, a primeira experiência da chamada PPP (parceria público-privada), a exemplo do projeto de construção do aeroporto de cargas de São Gonçalo do Amarante.

Então, parece que a luta ganhou um norte bem definido. Resta, agora, a participação da classe política, principalmente da bancada federal, para que o projeto possa ter um desfecho positivo.

Fonte: http://www.defato.com/cesar.php