Estive (e estou) com muitos afazeres, por isso fiquei muito tempo sem escrever. Ultimamente venho procurando espaço (digo: tempo) para escrever no blog. Hoje tentarei retomar o que ficou pendente neste ano, tentarei garantir (pois as incertezas permeiam as nossas vidas) as postagens no ano vindouro. Vou aqui dar como recomeço das minhas postagens. Um texto que merece reflexão. Boa leitura a todos.
O INSTANTE QUE SE VAI, MORRE PARA DAR LUGAR À FLUIDEZ DO MOMENTO.
Assim foram-se os nossos segundos, minutos, horas, dias, meses e anos… Assim, e aos poucos, somos consumidos pela passagem, inexorável, do tempo. O que ficou desaparecerá com a longevidade do tempo. O que passou, logo será mera lembrança, sem sentimento, e que desaparecerá. Só nos resta seguir em frente, pois é assim que flui o instante, sempre em frente, momento a cada momento. Nada de voltar ou se prender no passado ou futuro. Assim também seria interessante pensarmos, acho eu.
Devemos sempre estar seguindo a fluidez do tempo. Deste modo, viver o precioso momento no instante exato de sua existência. Devemos buscar a primazia da existência humana, as suas incertezas e finitude. Sentir a sua real condição. Sem máscaras. Sem disfarces. Aceitar as incertezas das coisas é abrir-se para o momento presente, tão rejeitado por nós. Normalmente ficamos presos no passado ou no futuro. Nossa felicidade fica presa a uma esperança do amanhã que nuca chega ou a um passado que já se foi, e que muitas vezes deixamos de vivenciá-la. Talvez seja por isso que ficam nas lembranças aqueles dias nos quais vem aquela nostalgia: “eu era feliz e não sabia”. Ora vivendo no amanhã, ora vivendo em nostalgia.
Não vou aqui desejar a felicidade para o próximo ano, já que minha intenção é vivenciá-la agora em toda sua plenitude (sem disfarces e sem medos). Como enfatizou Paulo Coelho em uma de suas mensagens “Quem vive o dia de hoje com medo do amanhã, não vive nem o hoje, e nem o amanhã, Mas quem se entrega ao presente, vê a Eternidade em cada segundo”.
Portanto, feliz o dia de hoje, e que venha, quando bem entender, o dia de amanhã. Que este venha, se é que estarei aqui para senti-la, com todos os seus sabores e dissabores. Nua e crua. Como afirma Machado de Assis: “Isto é a vida; não há planger, nem imprecar, mas aceitar as coisas integralmente, com seus ônus e percalços, glórias e desdouros, e ir por diante. (Teoria do medalhão,1882.In: Papéis avulsos).
É desta maneira que tento viver o presente. É neste pensamento que as sensações de medo se ampliam e se encolhem. Todavia, a sensação de estar vivendo o presente, mesmo que provoque medo, é algo extremamente sutil e reconfortante. Sentir o tempo se esgotando, percebendo a decrepitude todos os dias bater à sua porta através do entardecer, da folha secando, do por do sol, de alguém que se foi, do momento que já não existe mais, é viver em sabedoria. Segundo dizem os grandes mestres.
Logo, o que desejo para este momento é aprender que o agora se faz mais importante do que o que vem mais adiante, pois este poderá não vir da maneira como meu ego o criou.
Deste modo, feliz o dia de hoje pra todos. Felizes sejam os instantes que irão embora, pois da ida destes nascerão outros que, talvez, estarei aqui para vivenciá-los.