![]() |
Senador Cyro Miranda (PSDB-GO) |
Debaixo de muitas discussões (leia-se: protestos) foi aprovado o fim do 15º salário (o tal do salário extra) dos parlamentares. Lembro aqui que este salário extra não entrava na contabilidade para declaração do imposto de renda. Eles recebiam na íntegra, sem desconto.
Alguns senadores votaram (ou opinaram) a favor da medida, porém, nos bastidores, mostravam-se indignados ante a extinção desse dinheiro. Outros que votaram a favor, e à força, não esconderam a revolta com o fim dos dois extras, de R$ 26,7 mil, pagos no início e no fim de cada ano.
O mais interessante, talvez cômico, se não fosse trágico, foi a cara de pau do senador Cyro Miranda (PSDB-GO) que afirmou, ipisis litteris:
“… o salário de R$ 19 mil líquidos não é condizente com as atividades de um senador – não levando em conta que, somando todas outras verbas e auxílios, além de outros benefícios, o custo mensal de um senador chega a R$ 170 mil. Esse valor está há oito anos sem correção! E quando tem correção, a sociedade grita! Eu não vivo de salário de senador, tenho outras atividades, mas tenho pena daqueles que são obrigados a viver com R$ 19 mil líquidos, com a estrutura que temos aqui”.
Agora pergunto: e dos assalariados (muitos brasileiros estão nestas situação, a grande maioria não chega a ganhar nem o salário mínimo) o senhor Cyro “tem” o quê?