A grande tragédia que acompanhamos esses dias pelas emissoras de televisão sobre os deslizamentos de terras na região serrana do Rio de Janeiro, deixa marcada a incompetência do nosso sistema político.  É salutar lembrar que no último pleito, políticos compareceram aquela área em busca de votos, estes já sabiam que havia estudo, encomendado pelo próprio Estado do Rio de Janeiro, que alertava para o risco de uma tragédia naquela região. As movimentações políticas demagógicas, assim como, as verborragias continuaram por todo o pleito, e nada de ação concreta foram realizadas para alertar e/ou retirar as pessoas da área de risco.
Diante dessa má gestão (leia-se: má vontade) ocorreu o pior. Agora os erros aparecem, e da pior forma, nas marcas de lágrimas que escorrem de todos que veem seus entes queridos desabrigados e mais de 500 mortos. 

O que se observa são palavras que não recuperam os erros gravíssimos, e fatais. Agora, vem o empurra-empurra de culpas (estão culpando até os céus):
  • O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, ontem, sexta-feira, “que a responsabilidade pela tragédia no Rio é uma falha histórica do governo”. Que descoberta! Palavras ao vento.
  • O governador fluminense, Sérgio Cabral, disse que o populismo é o responsável maior pela catástrofe que despencou sobre a Região Serrana do Estado.
  • Em São Paulo, Gilberto Kassab preferiu creditar aos céus a culpa pela recente inundação da maior cidade do País.
Veja essa que saiu na folha Uol:
 “O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o mapeamento de áreas de risco foi feito, faltando “apenas” a retirada dos moradores, e que os parques florestais da região também foram ampliados.”  O ‘apenas’ não foi feito!
Vou citar uma frase da música “Nordeste Independente” de Elba Ramalho, composição de Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova, que caberá, e servirá de alerta, para todos os políticos dessa nação: “(…) políticos brasileiros, não pensem que vocês nos enganam porque nosso povo não é besta”. Espero que esta frase, desses grandes compositores, tenha um peso de valor na consciência de nosso povo.
Pobre Brasil!